NOSTALGIA: O INCRIVEL HULK

Por J.B.

Em novembro de 1977, a Universal television encarregou o produtor e diretor Kennneth Johnson de produzir um telefilme do Incrivel Hulk, o sucesso desse telefilme acabou jerando uma série de TV que teve cerca de cinco temporadas, totalizando cerca de 82 episódios, exibidos até 1982.

Mesmo tendo a consultoria de Stan Lee, um dos criadores do personagem, o série não segue a mesma história das HQs, as mudanças comecam pelo nome, nas revistas o alter-ego do Gigante Esmeralde se chama Dr. Robert Bruce Banner, enquanto que na TV o nome foi alterado para Dr. David Bruce Banner, feito pelo ator Bill Bixby, famoso pelos seriados O Mágico e Meu Marciano Favorito, no entanto durante toda a série ele é chamado apenas de Dr. David Banner.

Outra mudança é em relação ao motivo que levou o David a mexer com a radiação gama, tudo começa quando Laura, sua esposa, morre em um acidente de carro, obsecado por não ter tido forças para retira-la do carro em chamas, Banner começar a procurar uma forma de ativar a força interior que todos demostrão em momentos de estremo strees , para isso começa a realizar pesquisas com radiação gama.

Banner desenvolve uma maquina de raios gama, e resolve realizar o primeiro teste nele mesmo, porém um defeito na maquina faz com que uma dose muito forte de raios atinge o cientista.

Agora em momentos de raiva, medo ou strees, o Dr. David Bruce Banner se transforma em um mostro de pele verde e com uma força descomunal, porém sem a conhecida invulnerabilidade dos quadrinhos, o herói chegava a ser ferido por tiros em alguns episódios.

O gigante é batizado de Hulk por Jack McGee, jornalista do tablóide sensacionalista National Register, interpretado pelo ator Jack Colvin, McGee passa a perseguir o Hulk por todo o território americano, ao mesmo tempo, David vaga de cidade em cidade, usando identidades falsas em uma busca frenetica para encontrar uma cura para o seu problema.

Devido aos baixos custos de produção não vemos na série os costumeiros vilões das HQs do personagem, em seu lugar vemos criminosos comuns, além de vermos histórias com mais enfase no drama e em problemas sociais.

Para fazer o Hulk foi chamado o ator Richard Kiel, que era mais conhecido como o vilão Jaws dos filmes 007: O Espião Que Me Amava e 000 Contra o Foguete da Morte, Kiel chegou a gravar algumas cenas do piloto, no entanto ele não tinha o porte fisico necessario, isso levou o produtor Kenneth a chamar o fisiculturista Lou Ferrigno, o mesmo tinha o corpo perfeito para o papel.

Para poder se transformar no Gigante Esmeralda, Lou passava por cerca de três horas de maquagem, isso sem falar no uso de um par de lentes de contato, além de uma prótese dentária. Por ter um prazo de filmagens muito curto, várias vezes a pintura no corpo de Lou ficava manchada ou até mesmo incompleta.

Mais uma coisa desapontava Lou, o fato de não poder falar como o Hulk dos quadrinhos, esse desgosto só foi remediado em duas ocasiões, a primeira quando ele dublou o Hulk em uma série animada lançada em 1996, a segunda pode-se dizer que foi seu momento de glória, já que além de fazer uma ponta como guarda de segurança, ainda emprestou sua voz para o herói no filme O Incrivel Hulk realizado em 2008.

Em 1982 foi ao ar o último episódio de O Incrivel Hulk, no entanto os fãs da série não ficaram muito tempo orfãos, em 1988 foi realizado o primeiro de uma série de telefilmes do herói, o primeiro, chamado O Retorno do Incrivel Hulk teve direção de Nicholas Corea e contou com a participação de outro herói do universo Marvel, o Poderoso Thor, porém, iferente de sua versão quadrinista, o Thor desse filme não era o filho do oniciente Odin, mais sim um vinking que havia sido amaldiçoado a nunca entrar no Valhalla, o personagem foi interpretado pelo desconhecido Erick Kramer, a produção ainda contou com a participação do personagem Dr. Donald Blake, que nos quadrinhos da época era a identidade civil do Deus do Trovão.

Um ano depois era lançado mais um telefilme, dessa vez com o título de O Julgamento do Incrivel Hulk, nesse segundo filme a direção pertenceu ao próprio Bill Bixby e dessa vez o herói convidado era o Demolidor, trajando um ridiculo traje colante preto, no estilo ninja, o herói foi interpretado pelo ator Rex Smiyh, vindo diretamente da série Moto Laser, os heróis enfrentavam o magnata Wilson Fisk, mais conhecido como o Rei do Crime.

Diferente do Rei do Crime dos quadrinhos, esse não era careca e usava barba e bigode, ele foi interpretado pelo ator John Rhys-Davis, o Gimli da trilogia O Senhor dos Anéis. O objetivo desses dois filmes era ver a popularidade desses heróis e saber se seria viavel transforma-los em séries, no entanto os mesmos forão mal-adaptados o que acarretou a revolta dos fãs e consequentemente o fim do projeto. Dizem as lendas que havia mais projetos envolvendo outros heróis da Marvel, como o Homem de Ferro, Punho de Ferro, Viuva Negra e Elektra.

Em 1990 foi realizado o terceiro telefilme, chamado A Morte do Incrivel Hulk, novamente dirigido por Bixby, devido ao fracasso dos filmes anteriores, neste não haveria a participação de outros super-heróis, a história seria focada em espionagem e terrorismo, no entanto até hoje eu acho que a espiã que aparece no filme é uma versão da Viuva Negra, personagem da Marvel que apareceu recentemente em Homem de Ferro II, apesar de ter voltado as suas origens, deixando de lado os outros heróis e partindo para histórias mais realistas, porém os furos no roteiro, o baixo orçamento e ao fim melancólico, com a morte do herói, fato esse criticado por muitos, inclusive pelo Lou Ferrigno, acabou com as aventuras do Gigante Esmeralda em live-action na TV. 

Bill ainda tinha planos de dirigir mais um telefilme, dessa vez com o nome provisório de O Renascimento do Incrivel Hulk ou A Vingança do Incrivel Hulk, porém o falecimento em 1993 de Bill Bixby, vitima de Câncer pos fim as adaptações em live-action do Incrivel Hulk.

Vejam a abertura do seriado O Incrivel Hulk:

E o tema de encerramento  The Lonely Man: