Jerry Siegel e Joanne Siegel |
Por Bruce Banner
Um dia após a escolha de uma Lois Lane ruiva para o próximo filme de Superman,outra ruiva, Joanne Siegel, prova mais uma vez por que foi a musa inspiradora da esperta repórter. A viúva de Jerry Siegel (cocriador do personagem ao lado de Joe Shuster) faleceu em fevereiro, aos 93 anos, mas até sua morte não parou de lutar para receber os direitos da criação de seu marido.
O Deadline Hollywood teve acesso a uma carta escrita por Joanne em dezembro de 2010,porém nunca foi enviada a Jeffrey L Bewkes, CEO da Time-Warner, na qual relembra como ela e o marido, falecido em 1996, eram tratados com respeito pelos presidentes anteriores da companhia, Steve Ross e Jerry Levin - que tentaram ao seu jeito de resolver parte da questão sobre quem é o verdadeiro dono de Superman.Entretanto,de acordo com Joanne,Levin deu poderes demais aos advogados antes de se aposentar, o que dificultou as negociações e impediu um acordo de ser feito sob a gestão do presidente seguinte, Dick Parsons.
Dirigindo-se a Bewkes, ela comenta que “minha filha Laura e eu, bem como o espólio dos Shuster, não fizemos mais do que exercer nossos direitos sob a Lei de Copyright. Ainda assim, sua empresa escolheu nos processar”. Ela falou na ocasião ter acabado de completar 93 anos (“sou velha o suficiente para ser sua mãe”) e que tanto ela como sua filha Laura estavam com problemas de saúde.
“Como você sabe, a DC Comics e a Warner Bros. lucraram enormemente durante 72 anos explorando a maravilhosa criação de Jerry e Joe. Superman é hoje uma franquia bilionária e tem sido a mais importante propriedade intelectual da DC por todo esse tempo". A viúva pede também a Bewkes que os advogados da Time-Warner parem de alongar o litígio, pois só esses advogados lucram com isso; que parem de acusar Marc Toberoff (advogado que atende ao mesmo tempo os herdeiros de Jack Kirby contra a Marvel) de estar na causa por benefício próprio; e, enfim, que toda a questão seja resolvida como um assunto de negócios que está sujando o nome da empresa:
“A solução para poupar tempo, dor de cabeça e gastos é mudar o ponto de vista. À Laura e a mim é devida legalmente nossa parte dos lucros do Superman desde 1999. Ao pagar a conta devida em seu total, como se pagam outras contas de serviços de negócios, tudo seria tratado como um assunto de negócios e não como um processo que se arrasta por cinco anos”.
A compensação financeira requerida por Joanne Siegel é relativa a 1999 sobre o licenciamento feito da DC para a Warner Bros para adaptar Superman para cinema e TV - segundo elas, um valor muito abaixo do mercado. A produção do novo filme do Superman começou definitivamente em 2011 pois, caso contrário, o espólio de ambas as famílias poderia processar as empresas por danos. A decisão jurídica mais recente foi favorável à WB,a partir de 2013, nem a DC nem a WB poderão explorar Superman sem pedir - e pagar uma licença - para os herdeiros de Siegel e Shuster.
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