NOSTALGIA: TARZAN – O SENHOR DOS MACACOS

por J.B.

Durante a segunda metade do século XIX e o inicio do século XX, a África causava um verdadeiro fascínio entre os exploradores europeus, suas lendas e mistérios passeavam pela imaginação de homens como o escritor inglês Henry Rider Haggard, que em 1885 escreveu As Minas do Rei Salomão, com as aventuras do caçador e explorador Allan Quatermain.

Enquanto o interesse dos europeus pelo continente negro crescia, nascia em 1875 na cidade de Chigaco, Estados Unidos, Edgar Rice Burroughs, que durante sua vida fez um pouco de tudo, foi soldado, mineiro, cowboy e policial de ferrovia, antes de se tornar conhecido como escritor.

Casado e com dois filhos, Edgar vagava de emprego em emprego, até que não vendo outra saída resolveu tentar a carreira de escritor. Conseguiu um relativo sucesso ao vender sua primeira história, intitulada A Princess of Mars para o editor Thomas Newell por US$ 400,00.Porém para poder se manter e a sua família, teve que trabalhar como gerente de departamento em uma revista especializada em negócios.

No entanto em 1912 que Edgar Rice burroughs entrou para o seleto rol da fama do entretenimento quando escreveu Tarzan of the Apes, contando a história de um bebe criado por macacos e que viria a se tornar o senhor da selva, a trama chamou a atenção do editor bob Davis que a comprou por US$ 700,00. Com o passar dos anos Tarzan teve mais de 20 milhões de exemplares vendidos e foi traduzido para cerca de 50 idiomas.

Em 1918 foi produzido o primeiro filme do Tarzan tendo o ator Gordon Griffth no papel principal, naquele mesmo ano foram realizados mais quatro longas, desta vez com o ator Elmo Lilcon no papel do Homem-Macaco.

Como todos os heróis da era dos pulps, Tarzan foi publicado em jornais na forma de tiras diárias, mais precisamente em 1929 quando Harold Foster começou a adaptação do livro para os quadrinhos, Foster só foi substituído quase 20 anos depois, em 1947, quem assumiu seu lugar foi Burne Hogarth.

Esse material foi lançado no Brasil no Suplemento Juvenil n* 31, em 10 de outubro de 1934 e teve sua republicação em 1975 pela extinta editora Ebal, essa foi a publicação de vida mais longa da editora, indo até 1989.

Nos anos de 1930 surgem os dois atores que melhor encarnaram o mito do rei da selva, os atletas olímpicos Buster Crabbe, falecido em 1983, e o mais conhecido de todos que já se balançaram em um cipó pela selva africana, Johnny Weissmuller, morto em 1984.

A próxima produção que merece ser citada ocorreu entre setembro de 1966 e abril de 1968, quando foi ao ar o seriado Tarzan com o ator Ron Ely e que contou com um total de 57 episódios.
Alguns anos depois, mais precisamente em 1976, o rei da selva voltava a televisão em forma de uma série animada chamada Tarzan, Lord of the Jungle, produzida pela Filmation Studios, tendo Robert Ridgley dublando Tarzan.

Em 1984 a Waner lançou o que para muitos foi até hoje a melhor adaptação do personagem já realizada, Greystoke – A Lenda de Tarzan, com direção de Hugh Hudson e tendo no elenco Christopher Lambert no papel principal e os atores Andie MacDowell e Glenn Close.

Só voltaríamos a ver as aventuras de Tarzan novamente em 1999, quando os estúdios Disney produziram o longa animado Tarzan,que teve sucesso suficiente para que entre os anos de 2001 á 2003 fosse lançado uma ótima série animada para a televisão.

Foi em 2003 que o personagem seria homenageado pelo escritor de quadrinhos Warren Ellis na série Planetary, mais precisamente na edição n* 17, na história OPAK-RE, onde somos apresentados a Kevin Sack, o Lorde de Blackstock. A revista foi lançada pela Wildstorm, uma divisão da D. C. Comics.

Infelizmente a produção da Disney foi a ultima vez, até o momento em que esse texto estava sento preparado, que vimos Tarzan e sua inseparável companheira Jane protegendo as florestas africanas.