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terça-feira, 15 de novembro de 2011

BIOGRAFIA ESPECIAL: SUPERMAN - PARTE II

Por J.B.

SUPERMAN NOS CINEMAS


O primeiro casal Clark Kent e Lois Lane em Live-Action
Foi em 1948 que o Superman apareceu pela primeira vez nos cinemas com atores, ainda na época em que existiam os seriados de cinema com vários capítulos.

John Feggo Jr., nascido na cidade de Oxford, New Jersey, em 08 de outubro de 1910 é mais conhecido como Kirk Alyn, o qual foi o primeiro ator a vestir a fantasia do Homem de Aço, em um seriado de 15 capítulos de 15 minutos cada nas matines dos sábados, os mesmos foram produzidos pela Columbia Pictures. 

A série teve os atores Noel Neill (Lois Lane), Tommy Bond (Jimmy Olsen) e Pierre Wathin (Perry White) e, tendo como vilã a atriz Carol Forman no papel de Spider Lady. Para as crianças acreditarem que o Superman era real, os produtores creditavam a Kirk Alyn apenas o papel de Clark Kent, enquanto que o papel do herói era do próprio Kal-El. A falta de recursos tecnológicos era compensada pela criatividade, exemplo disso foi à alternativa encontrada para as cenas de voo. 

Primeira tentativa de voar
Após uma fracassada tentativa de usar fios, nos quais Kirk se feriu logo na primeira tentativa, a solução encontrada foi usarem desenhos animados, nessa série o uniforme do herói teve que ter suas cores mudadas, em vez do tradicional vermelho, azul e amarelo, que não ficavam bem em preto e branco foi usado um traje com tons beges e marrons. 

Em 1949, o Superman voltava aos cinemas com uma nova série chamada The Atom Man x Superman, este foi o primeiro filme que apresentou Lex Luthor como vilão principal, sendo interpretado por Lyle Talbot, que por não querer raspar a cabeça usou um gorro de borracha para esconder os cabelos. No ano seguinte um novo ator interpretou o kryptoniano, desta vez em um longa metragem, o ator chamava-se George Reeves e o filme Superman And The Mole Man. O filme contou com a direção de Lee Sholen.
George Revees, o 2º Superman

Já no inicio da década de 70 os produtores europeus Alexander Salkind, e seu filho Ilyn Salkind, juntamente com seu sócio Pierre Spengles, adquiriram os direitos do personagem para as telas e firmaram um acordo com a Warner Bros. 

O acordo chamado Trato Negativo consistia em os Salkind custos da produção, enquanto que a Warner Bros. Ficaria com os direitos de exibição nos cinemas dos Estados Unidos e no resto do mundo. Os lucros seriam repartidos entre ambos.

A divulgação do filme começou durante o Festival de Cinema de Cannes, em 1974, onde um avião com uma faixa sobrevoou a Croisette anunciando o inicio da produção do filme.Logo depois Alexander, foi falar com o editor da D.C. Comics, Julius Schwartz, que além de ter adorado a idéia, ainda recomendou a escritora de ficção Leigh Brackett sua amiga para escrever o roteiro, Salkind agradeceu, mas recusou. 

O nome que encontraram foi o de Mario Puzo, roteirista do filme O Poderoso Chefão. Puzo preparou um roteiro, mas por possuir elementos dos quadrinhos em demasia foi recusado por Schwartz, para se ter uma idéia, existia uma cena em que o Superman confundia um homem, interpretado pelo ator Telly Savalas, o detetive Kojak da série de TV, com o vilão Lex Luthor, isso sem falar no fato de que Clark Kent não seria repórter do Planeta Diário, mas sim, um apresentador de um telejornal. Então, Puzo devolveu o emprego de repórter para Clark, e no mês de outubro entregou um novo roteiro que foi imediatamente aceito pelo produtor.
Marlon Brandon como Jor-El

Com a história pronta era hora de começar a escolha do elenco. Para o papel de Jor-El a escolha mais lógica era a de Marlon Brando, apesar do fato do seu salário ser astronômico para a época, mais ou menos US$ 4.000,000,00 por quinze dias de trabalho.A primeira escolha para direção foi a de Guy Hamilton diretor dos filmes 007 Contra Goldfinguer e 007 – Os diamantes São Eternos

A pré-produção seria iniciada em Roma, porém, por motivos financeiros, a moeda italiana sofreu uma supervalorização, os produtores resolveram fazer as filmagens em Londres, na Inglaterra. Mas aí surgiu um grave problema, por encontrar-se em debito com o Imposto de Renda inglês, Hamilton só poderia permanecer no país pelo tempo máximo de trinta dias, a solução foi iniciar a procura por um novo diretor.

O primeiro nome cogitado foi o do diretor Steven Spielberg, entretanto, o alto salário pedido por ele preocupou os produtores que decidiram esperar o resultado do filme TUBARÃO, mediante o sucesso, Salkind tentou chamá-lo para dirigir SUPERMAN, porém ele já estava comprometido com a direção do filme Contatos Imediatos do Terceiro Grau.

Cerca de US$ 6.000,000,00 já haviam sido gastos em testes com os efeitos especiais e o projeto continuava sem diretor, foi quando Salkind viu o filme A Profecia, do diretor Richard Donner, que aceitou o encargo de dirigir dois filmes pela quantia de US$ 1.000,000,00 e pela oportunidade de trabalhar ao lado de atores da categoria de Marlon Brando e Gene Hackman.
Gene Hackman como Luthor
Durante o período de testes para os papeis de Clark e Lois, Donner mantinha contato com o ator Gene Hackman para o papel de Lex Luthor, arquiinimigo do Superman, pelo qual embolsou a quantia de US$ 2.000,000,00. Nessa época, Gene usava um farto bigode e já havia declarado que de maneira nenhuma rasparia os cabelos e principalmente o bigode.

A produção resolveu o problema dos cabelos com a idéia de que Luthor usaria várias perucas, já em relação ao bigode era outro problema. Hackman estava hospedado no Bervely Hills Hotel e havia dito no primeiro contato por telefone ao diretor que não iria tirar o bigode, Donner que disse que também usava bigode e que se Gene tirasse o seu, ele faria o mesmo. 

Depois de um tempo Gene aceitou, no dia em que iriam se conhecer Gene estava sem bigode, enquanto Donner ainda usava o seu. Gene o lembrou que ele deveria ter tirado o bigode também, Dick não teve duvida, pegou uma das pontas do farto bigode o puxou, na verdade ele era um bigode cenográfico. Essa situação hilária fez nascer uma grande amizade entre eles. Com isso os nomes de Marlon Brandon, Gene Hackman e Mario Puzo foram fundamentais para a continuação do projeto. 
O diretor Richard Donner

Donner recebeu o roteiro escrito por Puzo e revisado por Robert Benton e pelo casal David e Marilyn Newman, por ser fantasioso demais. A solução encontrada pelo diretor foi chamar o seu grande amigo Tom Malkiewcz, roteirista de vários filmes de 007, que reescreveu o roteiro, e na medida do possível tornando-o o mais realista possível. Por esse trabalho, Tom foi creditado como Consultou Criativo, isso desagradou Donner, que sempre considerou o amigo como um dos roteiristas do filme.

Para o papel de Clark Kent/Superman, foram estudados nomes como Paul Newman, Robert Redford, Arnold Schwarzenegger, Charles Bronson, Warren Beatty, Burt Reynolds, James Caan e Kris Kristopherson. No entanto, Donner queria alguém desconhecido, e depois de muita luta conseguiu. Para isso contou com a ajuda do diretor de elenco Lynn Stalmaster para a tarefa de encontrar o ator certo. 
Christopher Revee como Clark Kent e Superman

O escolhido foi o desconhecido Christopher Reeve, um jovem ator de teatro, em inicio de carreira e com pouca experiência no cinema, de apenas 24 anos. Chris, como era chamado, nasceu na cidade de Princeton, nos Estados Unidos, no dia 25 de setembro de 1952, era filho da jornalista Bárbara Johnson e do professor e escritor Franklin Reeve.

Apesar de não ser famoso, já atuava desde os 10 anos, seu primeiro trabalho foi uma peça na Broadway com a atriz Katharine Hepburn em “A Matther of Gravity” em 1976, logo após, fez uma pequena participação no filme S.O.S. Submarino Nuclear, com os atores Chalton Heston e David Carradine.

Ele conseguiu o papel principal quando estava ajudando as atrizes que faziam testes para o papel de Lois Lane. Com o ator principal escolhido finalmente puderam dar inicio às filmagens no dia 28 de março de 1977, mas ainda havia um problema, o físico franzino de Reeve, para resolver isso foi contratado o ator e preparador físico David Prowse, que um ano antes havia interpretado o vilão Darth Vader no filme Star Wars.

Além dos exercícios, Reeve passou a tomar injeções de vitamina B-12 e bebidas energéticas, tudo isso para que o ator pudesse suportar as cenas de voo. A mudança foi fantástica, em poucas semanas Chris teve um aumento de cerca de 15kg de massa muscular, o que acarretou problemas, ele teve que refazer todas as cenas que já havia gravado tudo por causa da visível mudança no seu corpo. Salkind queria que o filme fosse lançado no ano seguinte, exatamente quarenta anos após a estréia do personagem na revista Action Comics#01.

O Clark Kent interpretado por Reeve foi cuidadosamente apresentado no auge dos seus 30 anos, como um modelo de comportamento, um personagem de caráter excepcional, oriundo de uma cidade do interior, que conseguiu o sucesso profissional em uma grande cidade através do seu trabalho. Kent é a imagem do bom homem, honesto e principalmente justo, porém muito atrapalhado e bastante tímido. Chris contou na sua biografia que usou como inspiração a interpretação de Cary Grand no filme “Levada da Breca”, uma comédia do diretor Howard Haws, filmada em 1938. Foi durante as filmagens em Londres, que Reeve conheceu sua primeira esposa, a modelo Gae Exton, com quem teve dois filhos. Em uma entrevista, dada há alguns anos, o ator Christopher Reeve comentou a respeito do seu personagem mais famoso:

"É impossível ser indiferente ao Superman. Eu vi crianças morrendo de tumores cerebrais que queriam como seus últimos desejos, conversar comigo, e eu fui aos seus túmulos contente por saber que suas crenças no personagem permaneceram intactas. Compreendi que o Superman realmente importa. Contudo, o instrumento de conexão com elas não é exatamente o fato dele ser um super-herói, mas sim, algo muito mais simples: a habilidade de transpor obstáculos, perseverar, compreender as dificuldades e dar as costas a elas!”

Margareth Ruth Kidder
Para o papel de Lois Lane, foram cogitadas as atrizes Anne Archer, Lesley Anne Warren e Stockard Channing. No entanto a escolhida foi a canadense Margareth Ruth Kidder, ou como ficou conhecida depois Margot Kidder, pela sua maneira natural de interpretar. Kidder tinha feito o filme “Irmãs Diabólicas”, feito pelo diretor Brian De Palma em 1973.

O visual do filme ficou a cargo do desenhista de produção John Barry, responsável pelos cenários do primeiro Star Wars. John ficou encarregado de criar as imagens do planeta Krypton e da Fortaleza da Solidão. Enquanto o diretor de fotografia Geoffrey Unsworth cuidou das imagens externas, seu trabalho pode ser visto nas belas imagens da juventude de Clark em Smallville, todas filmadas no interior do Canadá. Infelizmente Barry e Unsworth faleceram pouco tempo depois do lançamento do filme.

O problema agora era como realizar as cenas de voo, já haviam sidos gastos cerca de US$ 1.000,000,00 em tentativas de fazer um homem voas, desde lançar um boneco com um canhão de pressão, usar um aeromodelo no formato e nas cores do herói e pensaram até mesmo em usar as técnicas de desenho animado, da mesma maneira como era usado no antigo seriado de cinema de 1949. A solução encontrada foi usar uma versão mais moderna do Chroma Key, juntamente com um conjunto de novas câmeras chamadas Zoptic, essa técnica foi desenvolvida pelo supervisor de efeitos ópticos Roy Field e por Zoram Perisic.

Essa tecnologia permitia a realização de filmagens de cenas de voo em alta velocidade, como por exemplo, na perseguição ao míssil nuclear.Enquanto isso, as cenas de decolagem e pousos ficaram sob a responsabilidade de Collin Chilvers e Derek Meddings.
Efeito de voo perfeito
Collin desenvolveu um sistema de cabos finos o bastante para não aparecerem nas telas, mas fortes o suficiente para suportarem o peso de um homem. Com essa técnica Chris conseguia realizar pousos, decolagens e pequenos voos perfeitamente, enquanto isso, Meddings criou miniaturas especiais, essas miniaturas podem ser vistas na seqüência de perseguição aérea entre o Superman e os supervilões no segundo filme.

Esses truques permitiram aos fãs, acompanhar os olhares e gestos do Superman durante os voos sobre Metrópoles. Com o trabalho desses quatro, foi realmente possível acreditar que um homem podia voar.

Nesse momento a produção já estava tão cara que só os créditos iniciais custavam à soma de US$ 2.000.000,00, uma verdadeira fortuna na época. As filmagens seguiam seu cronograma, porém por trás das câmaras, o clima fervia ente Richard Donner e os Salkinds, como as filmagens dos dois filmes já ultrapassavam a cifra de US$ 50.000.000,00 a situação chegou ao ponto dos Salkinds pedirem empréstimos a Warner, que aceitaram emprestar o dinheiro, sob a condição de que a cota nos lucros dos produtores fosse reduzida.

Em uma entrevista dada a revista Cinefantastique em 1979, o diretor Donner afirmou que, os Salkinds o culpavam pela sua diminuição na parcela de lucros, isso começou uma briga interna, que ameaçou as filmagens, para evitar que o pior viesse acontecer foi necessário a intervenção de Richard Lester, que passou a servir de contato entre as partes em conflito. Em certo momento Lester sugeriu a Donner que parasse as filmagens do segundo filme e concentra-se apenas no primeiro.

Em dezembro de 1978 SUPERMAN chegava finalmente aos cinemas com sucesso absoluto nas bilheterias do mundo todo e sob os acordes metálicos de uma trilha sonora magnífica composta pelo talentoso John Williams, faturando a soma de US$ 190.000.000,00 no território americano, isso sem contar na arrecadação com o licenciamento da marca para vários produtos, no total SUPERMAN faturou um total de US$ 321.000.000,00. Em uma entrevista logo após a estréia do filme, Chris falou que ser escolhido para o papel principal foi como ganhar na loteria, mesmo sabendo que correria o risco de ficar preso a um único personagem.

O filme contou com a participação mais de que especial de Kirk Alyn e Noel Neill nos papeis dos pais de Lois Lane, os dois podem ser visto na cena onde o jovem Clark aposta corrida contra uma locomotiva. A cena mais marcante dessa produção é a primeira aparição do herói, quando ele salva a repórter Lois Lane, que esta caindo do topo do edifício do Daily Planet com uma mão e pega um helicóptero em queda livre com a outra. O filme ganhou um Oscar especial concedido pela Academia, em decorrência dos ótimos efeitos especiais mostrados.

Recebeu ainda mais três indicações: Melhor Som, Melhor Trilha Sonora e Melhor Edição, também teve uma indicação ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Trilha Sonora e ganhou um Grammy na mesma categoria.A apoteose do filme encontre-se no momento onde o Superman decide mudar o curso da história para devolver a vida à repórter Lois Lane. Esse ato pode ser considerado como o primeiro grande momento de questionamento, sobre a ação de um super-herói sobre a história humana.

Ele fez isso por arrependimento, já que momento antes se encontrava em um grande dilema, salvar seu amor ou a nação que o havia adotado? A única escolha possível era aquela digna de um herói como o Superman, o salvamento de centenas de vidas inocentes.
Com o sucesso do primeiro filme a equipe e os atores preparavam-se para retomar as filmagens da continuação. SUPERMAN II teve sua estréia em junho de 1981, e chegou acompanhado de uma desagradável surpresa, os produtores haviam demitido o diretor Richard Donner, a repercussão foi tão grande que os atores ameaçaram entrar em greve, a solução foi chamarem o assistente de direção Richard Lester, que antes já havia trabalhado com os Salkinds como diretor dos filmes Os Três Mosqueteiros e A Vingança de Milady.

Com isso a situação entre produtores e direção estava resolvida, no entanto o mesmo não poderia ser dito sobre a situação com o elenco, Brandon abriu um processo, já que, segundo ele, não havia recebido os 11% da bilheteria do filme anterior, além de cobrar US$ 5.000.000,00 por sua participação na conclusão do segundo filme.

Evidentemente, os Salkinds não aceitaram e conseqüentemente sua participação foi retirada da versão final, com isso suas cenas foram refilmadas pela atriz Sussannah York. Que fez o papel de Lara, a verdadeira mãe do Superman.Outra ausência sentida foi do ator Gene Hackman, que apesar de já haver filmado algumas cenas do seu personagem para o novo filme desistiu de continuar, só que ainda havia cenas com Gene que não haviam sido filmadas, a solução encontrada por Lester foi usar um dublê que seria filmado apenas de costa e um dublador que imitou a voz de Hackman. 

General Zod, Ursa e Non
Richard conduziu o roteiro para uma direção mais fantasiosa, com ênfase nas cenas de batalha entre Superman e três supervilões kryptonianos, os mesmos vistos no inicio do primeiro filme, interpretados pelos atores Terence Stamp no papel do General Zod, Jack O´Halloran como o gigante mudo Non e Sarah Douglas como a maquiavélica Ursa.

Nesta nova produção, encontramos o mesmo dilema entre a vida amorosa x o dever, quando o Superman desiste de seus poderes para poder ficar com Lois, por causa disso, o herói encontra-se impotente diante do trio de vilões kryptonianos. No fim, Clark recupera seus poderes, salva o mundo, mas perde de vez seu grande amor. Mesmo com uma direção muito inferior ao primeiro, o filme conseguiu arrecadar a soma de US$ 108.000.000,00.
 
Nesse mesmo ano, Chris atuou em outro sucesso de bilheteria, a aventura romântica Em Algum Lugar do Passado (Somewhere in Time), onde interpretou o dramaturgo Richard Collier, que conseguiu regressar no tempo, para encontrar seu grande amor. A musica-tema Rhapsody on a Theme by Paganini, do compositor Rachmaninov é até hoje tocada em casamentos.

Cena do filme Superman III
Em 1983, Lester foi chamado para dirigir o filme SUPERMAN III, cujo tema central seria um combate entre o Kryptoniano uma versão maligna, uma espécie de Bizarra, que seria controlado por Luthor e pelo computador vivo Brainiac, no entanto Lester decidiu levar o filme para o lado cômico. Alguns meses antes do inicio das filmagens o comediante negro Richard Pryor disse em uma entrevista ao Johnny Carson no programa Tonight Show que era fã dos filmes do Superman, isso foi o suficiente para que o estúdio o contrata-se, por causa disso o papel que seria do Brainiac foi adaptado para um malandro chamado August “Gus” Gorman, que acidentalmente se descobriu um gênio da informática.

Já que a briga de Gene com os produtores continuava, o papel de Lex Luthor foi substituído pelo empresário criminoso Ross Webster, interpretado pelo ator Robert Vaughn, que com a ajuda de Gus consegue sintetizar a kryptonita, por uma falha na composição ela acaba causando uma alteração na psique do herói, fazendo que com que ele passe a ter um comportamento maléfico. O filme tem apenas uma seqüência que merece destaque, o Superman se divide em dois, o que acarreta uma luta em um ferro-velho entre o lado bom e o lado mal do herói.

Annette como Lana Lang
Outra que sofreu represaria por parte do diretor e dos produtores por não concordar com a saída de Donner foi a atriz Margot Kidder, que teve apenas duas cenas durante todo o filme, uma no inicio e outra no final. No lugar de Lois Lane, foi colocada a personagem Lana Lang, o primeiro amor platônico do jovem Clark Kent, interpretada pela atriz Annette O´Toole.

O longa rendeu apenas US$ 60.000.000,00, um verdadeiro fracasso em comparação aos dois anteriores, isso fez com que Christopher Reeve prometesse nunca mais vestir o uniforme do Superman.

Por efeito de economia, as cenas iniciais de Metrópolis foram realizadas na cidade canadence de Calgary. Curiosamente o videogame jogado por Webster com cenas do Superman enfrentando mísseis seria colocado á venda pela companhia de games Atari, porém nunca foi lançado. O filme é tão ruim que foi indicado à Framboesa de Ouro, uma paródia á celebre estatueta do Oscar, nas categorias de Pior Ator Coadjuvante para Richard Pryor e de Pior Trilha Sonora.

Mediante o fraco desempenho do SUPERMAN III nos cinemas o produtor Alexander Salkind abandonou a franquia e vendeu os direitos do personagem para o cinema para o Cannon Group, famosa pelos filmes de Chuck Norris e Charles Bronson. Menahen Golan e Yoram Globus achavam que o personagem ainda poderia ser uma boa fonte de renda, mais eles sabiam que precisavam ter Chris novamente como o Superman para poder levar essa nova produção adiante.

Para conseguir isso, prometeram que a tom do filme voltaria a ser o mesmo do primeiro, e que ele poderia participar do processo criativo e mais, a Cannon bancaria a produção do filme ARMAÇÃO PERIGOSA. A produção teria um orçamento inicial de US$ 36.000,000,00 e contaria com a mesma equipe técnica do SUPERMAN, Gene Hackman faria, novamente, o papel de Lex Luthor e Margot teria mais tempo em cena.

O roteiro iria mostrar uma campanha empreendida pelo Homem de Aço em prol de um desarmamento mundial dos arsenais nucleares, mostrando, com isso, uma mensagem de paz mundial em plena era Reagan.No entanto, o orçamento anunciado foi convertido para apenas US$ 17.000,000,00, o que causou a dispensa de toda a equipe técnica original e a recusa dos produtores ao pedido de Reeve para dirigir o filme.

A cadeira foi ocupada por Sidney J. Furie, já que o mesmo havia dirigido em 1986 o filme ÁGUIA DE AÇO, um clone de TOP GUN que rendeu a Cannon uma boa bilheteria, eles acharam que Furie conseguiria repetir essa façanha.Mas não foi o que aconteceu, com o uso exagerado de maquetes, a cidade de Metrópoles ficou estranhamente diminuta, cenas de voou e de efeitos especiais usados nos filmes anteriores foram usados sem a menor cerimônia.

Mariel Hemingway
Por ser um filme fraco, SUPERMAN IV - THE QUEST OF PEACE (SUPERMAN IV - EM BUSCA DA PAZ), de 1987, é considerado uma das piores produções da década de 80. Para se ter uma idéia o ator Jon Cryer, o Lenny Luthor, o sobrinho atrapalhado do Luthor e substituto do capanga Otis, interpretado pelo ator Ned Beatty, declarou em uma entrevista algum tempo depois que o filme foi lançado cerca de cinco meses antes da data prevista, simplesmente por não haver mais dinheiro para a produção.

Em virtude disso o filme também ganhou duas indicações ao Framboesa de Ouro nas categorias de: Pior Atriz Coadjuvante para Mariel Hemingway e de Pior Efeitos Especiais.

(To Be Continued...)
E quem quizer ler a primeira parte dessa biografia, clique aqui.

6 comentários:

flavio disse...

Rapaz...Vc chegou na fase do Super que mais amo.A do Christopher Reeve.A trilha Sonora,o Ator,a belíssima e Emocionante Aventura.O meu filme Predileto do Personagem é o Superman 2.Caramba...Altas lembranças de minha infância.Meu velho pai me levou umas duas vezes para ver esse filme no Cinema.Valeu,irmão!

Jerller Alves disse...

Com certeza o personagem mais querido do mundo.Espero que o próximo filme de Superman seja bom!

SandyLane disse...

Muito bom! Amo o primeiro filme do Super, mas dos outros não gosto.
Esperando a continuação!

pace disse...

Excelente ;nossa não sabia tanto detalhe como vc colocou;o que a ganância pelo dinheiro faz
nossa não sabia desse desentedimento desde a primeira
nossa mesmo o quarto ter sido péssimo
que saudade do Reeve
O primeiro filme
demais
não vejo a ora de ver outro filme
do SUPERMAN com sucesso
Espero a continuação

NovatahBR disse...

Nossa, ótimo texto. Tantos detalhes!! Na minha infancia eu amava o filme do Superman com o Christopher, assistia sempre que passava na tv._E quantas dificuldades foram vencidas pra gravar o filme_ para que nós depois, pudessemos ter o prazer de assistir essa história tão cativante que é a do Superman._Amei!!!!

Fal disse...

Demorei, mas cheguei. Nossa, isso tá muito bom.
Como sou mais ve... digo, experiente, tive o prazer de ver Superman, o filme, nos cinemas quando lançaram. Não era fã do Super, fui de alegre mesmo, ir ao cinema era só o que minha mãe deixava eu fazer com meus 13/14 anos, mas Reeve me conquistou e, claro, na época nem imaginava a trabalheira que tinha sido a filmagem. Me tornei fã do personagem e do ator. Fato que acreditei que, de algum jeito, o personagem tinha saído dos desenhos e HQs, ganhado vida. Pra mim ele voava e pronto.
Gosto de todos os atores que já deram vida ao Superman, mas
Reeve foi a personificação do herói pra mim. E pra ele: "Um herói é um indivíduo comum que encontra a força para perseverar e resistir apesar dos obstáculos devastadores." Pra mim também.
Parabéns pela matéria.

 
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