Da década de 1980 até hoje, a editora D. C. Comics expecializou-se em criar grandes sagas envolvendo todos os seus personagens.
Toda essa onda começou com a maxi-série Crise nas Infinitas Terras, lançada entre 1985 e 1986, com o objetivo de colocar ordem na bagunçada cronologia dos inúmeros universos paralelos que constituía o multiverso D.C.
A saga contou com o roteirista Marv Wolfman e o desenhista George Pérez, famosos por seu trabalho na revista Os Novos Titãs, eles deram aos leitores uma história tensa, com a destruição de vários universos, a apresentação do Antimonitor, um super-vilão digno de figurar ao lado de vilões como Darth Vader e duas situações que até aquele momento eram impensáveis, a morte da Supergirl e do Flash, fatos que marcaram uma geração de leitores.
Ao termino da história os poucos universos que escaparam da destruição foram incorporados em um único universo. Com essa nova Terra fomos apresentados as origens reformuladas do Superman, nas mãos de John Byrne, o Batman através do talento de Frank Miller e Mulher-Maravilha, que contou com o talento de George Pérez.
Uma década depois, mais precisamente em 1996, a editora preparou uma nova saga dimencional/temporal chamada Zero Hora, desta vez escrita e desenhada por Dan Jurgens, o homem que anos antes havia matado o Superman e que queria ser conhecido como “o homem que desenrolou o nó temporal do universo D. C.“, no entanto essa saga é considerada uma das piores já produzidas, com um roteiro fraco, sem complexidade.
O único ponto positivo que podemos encontrar é a passagem de tocha de alguns membros da Sociedade da Justiça para seus sucessores.
A próxima história significativa foi Crise de Identidade, publicada em 2005 e teve como roteirista o escritor Brad Meltzer, romancista de renome e Rags Morales nos desenhos.
Brad criou um verdadeiro thriller de suspense, mostrando que os uniformes de alguns membros da L. J. A. não são brilhantes como se pensava.
Tudo começa com o assassinato de Sue Dibny, esposa do Homem-Elastico, o que fez com que os heróis saíssem numa caçada ao assassino e que levou a descoberta de que existia uma “sub-Liga” dentro da equipe, que usava os poderes mágicos da Zatanna para apagar ou remodelar a mente de alguns vilões.
Pouco depois o0 matador cometeu mais uma morte, a de Jack Drake, o pai de Tim Drake, o Robin. Com uma das melhores seqüências de imagens e diálogos da toda a série, vemos o desespero do Robin enquanto tenta voltar para casa a tempo de evitar a morte do pai. É impactante a cena em que Tim é consolado pelo Batman diante do corpo do pai.
Mais a supresa foi quando a identidade do assassino foi revelado como sendo Jean Loring, a ex-esposa de Ray Palmer, mais conhecido como o Eléktron.
Em 2006 a Crise nas Infinitas Terras completou 20 anos e como forma de homenagem foi criada a Crise Infinita. Escrita por Geoff Johns, e desenhada por Phill Jimenez, que possui um traço muito parecido com a de George Pérez.
A trama consiste no retorno de Alex Luthor da Terra-3, Superboy da Terra Primordial e o Superman e Lois Lane da Terra-2, que apos a derrota do Antimonitor no final da crise original, passaram a observar, de uma outra dimensão, toda a história desse novo universo.
Porém fatos como a falta de confiança entre os heróis, o assassinato sangue-frio de Maxwell Lord causado pela Mulher-Maravilha, entre outros “abusos de poder”, fez com que eles resolvessem voltar e preparar o retorno da Terra-2, apagando a atual da existência.
Em meio a batalhas, maquinações, e a morte de vários Titãs nas mãos de um ensandecido Superboy, descobrimos que tudo não passava de uma operação encabeçada por Alex Luthor.
Foram sete edições onde temos algumas respostas sobre a crise original.
Nas duas ultimas edições temos uma verdadeira guerra mundial, entre todos os super-vilões contra os super-heróis. São nessas ultimas edições que temos as mortes do Superboy, clone do Superman e Lex Luthor e do Superman da Terra-2, ambas causadas pelo Superboy Primordial, que no final é capturado pela Tropa dos Lanternas Verdes.
Com o final de Crise Infinita tivemos o retorno do multiverso, não mais de inúmeros universos, mais constituídos por 52 universos paralelos.
Entre 2008 e inicio de 2009, a D. C. lançou a Crise Final, que esta sendo lançado deste julho pela editora Panini a série se estenderá até o inicio de 2010, escrita pelo escocês Grant Morrison.
Deixarei para falar sobre essa nova “Crise” depois do seu termino, para não estragar o que vem por ai.
Boa leitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário