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terça-feira, 24 de abril de 2018

MINHA OPINIÃO SOBRE O FINAL DE STAR WARS: REBELS

Por J. B.

Semana passada consegui concluir a 4ª e última temporada de Star Wars: Rebels, e posso dizer, sem sombra de dúvidas, que foi uma das melhores séries animadas que assisti. 

Dave Filoni, o responsável por essa série, não poupou esforços para transformar essa última temporada em algo tão memorável, como a trilogia clássica. 

Em uma manobra ousada, Filoni passou a apresentar, quase que exclusivamente, episódios duplos, possibilitando que a ação fosse desenvolvida de maneira mais apropriada, com isso ele nos resgatou daquela costumeira correria presente nos capítulos da animação. 

Outro detalhe, digno de nota, foi a melhoria na animação em si, que não somente se torna mais fluida, como com gráficos aprimorados. Com isso, claro, a escala das histórias aumentou, ainda foca no pequeno grupo de rebeldes, mas desta vez suas missões envolvem o futuro da galáxia.

Dave Filoni, o Showrunner da série.
Esta segunda metade da temporada provou ser mais emotiva que o habitual. Começando com a arrojada atitude de matarem o Jedi Caleb Dume, também conhecido como Kanan Jarrus, dublado pelo ator Freddie Prinze Jr.

Uma medida arrojada que consegue surtir os seus efeitos desejados, com os nossos protagonistas que se encontrando desalentados com essa perda, ao mesmo tempo que nos lembramos, amargamente, que em guerras existem sempre perdas, por vezes inesperadas.

Kanan recebe um digno fim e, como acontece desde Star Wars: Episode IV - A New Hope, o espírito do Mestre passa a viver através do seu Padawan, enquanto que a dor da perda do Mestre funciona como um dos passos finais da Jornada do Herói de Ezra, que, nos capítulos seguintes, aprende a viver sem o Kanan, culminando em uma das mais difíceis decisões de sua vida, em "A World Between Worlds", que, serve para introdiz o conceito de viagem no tempo na série, ponto utilizado para desenvolver Bridger em um momento chave, que acaba por definir seu caráter, algo que seria recordado durante o conflito com o Imperador.

A morte do Kanan Jarru.
A mera presença de Palpatine nesses episódios finais, mesmo que não de "forma física", já deixa bem claro o quão importantes se tornaram esses personagens. Como não poderia deixar de ser, a participação especial de Ian McDiarmid, emprestando sua voz ao Lord Sith é muito bem-vinda a mitologia da série.

McDiarmid viveu o Imperador Palpatine nas duas primeiras trilogias, e seu retorno ao papel funciona como a cereja no topo do bolo, garantindo a o impacto da presença do personagem no seriado. 

Filoni, contudo, jamais permite que esse vilão ocupe mais espaço do que deveria, ele não perde de vista que o principal antagonista da temporada sempre foi o Grand Admiral Thrawn e guarda para ele o duelo final entre Império e Rebelião da série.

O Grand Admiral entende seus oponentes e a única maneira de derrotá-lo é fugindo da previsibilidade e ninguém melhor que Ezra para garantir isso.

Tendo em conta a finalidade da série, esperava-se uma jornada emocional do princípio ao fim. Mas não seria propriamente Star Wars Rebels se também não tentassem expandir o universo rico de George Lucas.

E esta segunda metade conseguiu essa proeza, expandindo cada vez mais o universo resumido. Cada vez mais se exploram os mistérios da Força, culminando num confronto final pela liberdade de Lothal.

Os  episódios finais, ainda que traga resultados previsíveis, segue pelo inesperado no modo como chega até lá. Bom exemplo disso é a releitura da cena final de Vader em Rogue One, através de Ezra e os Lobos, vale observar como a trilha de Kevin Kiner rearranja a melodia de Michael Giacchino a fim de criar o paralelismo, dessa vez, porém, são os imperiais que se desesperam e não os rebeldes. Nesse ponto, apenas a montagem deixa a desejar, quebrando a ação dramática, impedindo que ela alcance sua plenitude. 

Sabine Wren encontra Ahsoka Tano.
O salto temporal para após os eventos do Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi, revelando o destino de cada um dos personagens, e pegando todos os fãs de surpresa e finalizando, com chave de ouro essa jornada. Com um epílogo, que deixa bem claro o impacto das ações desse grupo de rebeldes até aqui. Além disso, abre espaço para que futuras obras explorem tais personagens em um novo período, fugindo do conflito entre Rebelião e Império. Não é de todo inimaginável, portanto, que Sabine ganhe seu merecido protagonismo em uma possível vindoura obra, já que ela foi uma das personagens mais bem construídas da animação. 

Inicialmente a linda Sabine ficou cuidando da consolidação da liberdade no planeta Lothal, o mundo natal do Ezra que, junto com o Grand Admiral Thrawn, foi lançado no espaço profundo, tendo seu destino desconhecido. Também descobrimos que a ex-Jedi, Ahsoka Tano, ainda está viva e ela se junta à Sabine para ir em busca do Ezra, o que acabou abrindo espaço para uma possível nova série animada, uma HQ ou até mesmo um novo livro, que poderia focar na busca de Sabine e Ahsoka pelo jovem Jedi.

Já a Hera teve um filho de Kanan, Jacen Syndylla, e lutou até o fim contra o Império. O Capitão Rex também teve seu destino contado, o que acabou por indicar a possível veracidade de uma teoria sobre o personagem. É dito no final do episódio que o Capitão Rex permaneceu na Rebelião, tendo inclusive participado do grupo, liderado pela Princesa Leia e por Han Solo, designado para destruir o gerador do escudo da Death Star II, localizado na Lua Florestal de Endor. 

Essa revelação praticamente confirma a teoria de que o personagem conhecido como Nik Sant, o rebelde de barba branca, poderia ser Capitão Rex.

Será que o Nik Sant era o Rex?

Rex tem sido um ponto fixo nas séries animadas por uma década. Sua primeira aparição foi em Clone Wars, como um soldado clone. Posteriormente, o personagem fez participações em Rebels e saber que o soldado seguiu lutando contra o Império é um tanto poético.  

Trailer legendado da 4ª temporada de Star Wars: Rebels:



May the Force Be With You.

Nota para a série: 10,0.

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