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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

REVIEW DE JUSTICE LEAGUE (COM SPOILERS)

Por J. B.  

Esse final de semana, mais precisamente na noite do domingo, assisti Justice League, e posso dizer que adorei, teria amado se não tivessem cortado tantas cenas. Mas vamos ao filme.

O longa começa de forma saudosa, com um vídeo do Superman, realizado por crianças, nem bem damos uma respirada e somos transportados para um mundo caótico, pós-morte do Homem de Aço, onde a Esperança está morrendo um pouco a cada dia, tudo isso acompanhado pela excelente música "Everybody Knows", composta por Leonard Cohen e interpretada pela Sigrid.

Justice League se trata de um filme sobre a cura de uma sociedade, de um mundo que está vivenciando uma era de terror, medo e desespero, um conjunto de fatores ideal para o inicio de um regime tirânico.

Vendo nessa situação uma grande oportunidade, o conquistador alienígena Steppenwolf e seu exército de Parademônios, oriundos do planeta Apokolips, resolve invadir a Terra novamente, ele já havia tentado essa conquista cerca de cinco mil anos atrás, onde foi repelido pelas forças conjuntas de humanos, atlantes, Amazonas, deuses gregos e o Lanterna Verde responsável pelo Setor Espacial 2814, onde se localiza a Terra. 

Durante sua derrota Steppenwolf perdeu três itens de poder, conhecidas como as Caixas Maternas. Agora sem um Lanterna Verde, sem os deuses do Olimpo e, principalmente, sem o Kryptoniano, essa conquista seria muito mais fácil.

Para evitar que esse mal ocorra, Bruce Wayne (Ben Affleck) impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman, e logo depois a Diana Prince (Gal Gadot), começam uma busca desesperada por outros meta-humanos, para juntos formarem, como ocorreu no passado, uma aliança contra essa ameaça alienígena.

Essa busca se inicia depois que o Batman descobre um Parademônio batedor em Gotham, exatamente da mesma forma que foi mostrado no encadernado Liga da Justiça: Origem (2015) da linha Novos 52.

Bruce decide iniciar sua buscas por guerreiros, utilizando os arquivos que ele roubou da LexCorp, em Batman v Superman: Dawn of Justice (2016), viaja até às terras geladas do norte da Europa, em busca de um mistério homem que aparentemente pode respirar debaixo d'água e que seria oriundo do lendário continente perdido da Atlântida. 

Ele encontra Arthur Cury (Jason Momoa), também conhecido como Aquaman, que nos trouxe um personagem sem uma docilidade ou uma selvageria gratuita e que reluta em aceitar seu legado Atlante. Ele recusa se unir ao Bruce, achando que sozinho teria mais força. Ele nos é apresentado como um personagem problemático, deixando margem para que ele tenha sua jornada de crescimento trabalhada em seu vindouro filme.

Com isso Bruce resolve procurar seu próximo alvo, um jovem universitário de Central City, chamado Barry Allen (Ezra Miller), Ezra se mostra totalmente entregue ao papel do jovem Barry, diferenciando-o totalmente de sua contraparte da TV. Por ser inexperiente ele funciona bem combate desempenhando funções de apoio, mas podemos notar uma sutil evolução do personagem ao longo do filme.

Por último temos a entrada do jovem Victor Stone (Ray Fisher), que se torna o Cyborg e que conseguiu nos mostrar, com uma grande precisão, o tom certo para o personagem. Infelizmente como o filme teve alguns cortes o personagem  tem seu lado atormentado abordado poucas vezes, o que poderia ter nos presenteados com um tom mais dramático, poderia ter nos mostrado mais do fator existencial do homem versus máquina que pontua a personalidade de Victor. No entanto sua ligação direta com a trama central do filme, as Caixas Maternas, faz com que ele seja bastante relevante para o decorrer da mesma.

Enfim o grupo de heróis, liderados pela Mulher-Maravilha e o Batman tem seu primeiro embate contra os Parademônios e o próprio Steppenwolf, e só não morrem graças a intervenção do Aquaman. Com isso é de posse da terceira Caixa Materna, Bruce tem a ideia de utilizá-la, junta com a Câmara de Gênese da nave kryptoniana, e aí vem a minha parte favorita do longa, a ressurreição do Kal-El, o Último Filho de Krypton.

Superman volta à vida, mas ele não volta como ele era, aparentemente, Clark perde um pouco de sua bondade, ou humanidade. Como é dito pelo Aquaman, sempre que morremos, algo em nós é perdido, seja a mente ou a alma, alguma coisa se perde nesse retorno forçado, e é o que acontece com Kal-El, depois de receber um disparo, sem intenção, do Cyborg, ele derrota toda a Liga, e deixa o Barry totalmente apavorado, ao descobrir que o kryptoniano é tão veloz quanto ele.

Em um momento de tensão o Kal agarra o Batman e quase o mata, é nesse momento que a "Chave", citada ao Bruce pela versão futurista do Flash em Batman v Superman: Dawn of Justice (2016), é acionada, e surge Lois Lane, o grande amor do Superman conseguindo acalma-lo. Desta vez a Warner Bros. entregou aos fãs o Superman que nós queríamos ver, a versão icônica do herói.

Depois disso, o que vemos em tela é um herói solar e inspirador, que quando entra em batalha, já no clímax, justifica a necessidade de trazê-lo de volta, tanto pelo emprego quase total de seus superpoderes tais como supervelocidade, visão de Raios-X, super-audição e sopro congelante, coisa rara nos outros filmes do personagem quanto pelo efeito psicológico que sua presença causa nos colegas. A inclusão de trechos do tema clássico do herói, composto por John Williams, pontua o que aparece em tela: O Superman voltou.

Agora é hora de falar do que não gostei em Justice League, para começar já vou avisando que não me importei com a entrada do Joss Whedon, nem com as cenas em CGI da velocidade do Flash, do corpo do Cyborg, do bigode do Cavill ou do visual do Steppenwolf. O que me deu raiva, o que me fez tirar um ponto da nota desse filme foi a decisão IMBECIL da Warner Bros. em mutilar, alterar cenas do filme, isso me deixou puto. Vemos que eles não aprenderam nada com o erro no corte para cinema de Batman v Superman Dawn of Justice. O jeito é fazer como em 2016 e esperar, torcer que eles lancem uma versão Ultimate Edition.
 
Ahhh e antes que eu me esqueça Justice League possui duas cenas pós-créditos. A primeira serve para estabelecer ainda mais a dinâmica entre Superman e Flash e para homenagear uma série de histórias clássicas deles dois. Já a segunda é um apontamento de algo que pode vim a ser o embrião de uma continuação de Justice League.
The Flash, Cyborg, Superman, Batman, Wonder Woman & Aquaman.

Nota: 9,0.

Todos os trailers legendados de Justice League:


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