Em 2012, fui com uns amigos assistir Os Vingadores, e sai da sala de exibição sem palavras, e já na expectativa por uma segunda parte. Essa expectativa deu um aumento em 2014, quando assisti Capitão América II: O Soldado Infernal. Então é claro que estava mega-eufórico com o lançamento de Vingadores: Era de Ultron. Posso começar dizendo que o resultado final foi um longa bom, com acertos, no entanto teve alguns dos erros.
Mais vamos por partes, para os olhos de fãs e não fãs de HQs, tivemos inúmeras saídas diretamente das HQs dos Vingadores, incluindo aí a união de raios do Thor, Homem de Ferro e Visão sobre o Ultron (que me lembrou Caça-Fantasmas), mais estou me adiantando.
Começamos com um mundo onde, oficialmente, a S.H.I.E.L.D. caiu, deixando o mundo desprotegido. Com isso a equipe conhecida como Os Vingadores tornaram-se basicamente a primeira linha de defesa da Terra, isso tudo acaba deixando Tony cada vez mais apreensivo em evitar que ocorra novamente algo como o evento ocorrido em Nova York, e descobrimos que ele não superou totalmente o estresse pós-traumático, como vimos em Homem de Ferro III.
Tony continua obcecado pela ideia de manter o mundo protegido isso faz com que ele se junte ao Dr. Banner, para criar uma legião de robôs, comandados pela inteligência artificial Jarvis, que tem como objetivo primal patrulhar o mundo e torná-lo melhor. Enquanto isso a equipe ataca bases da H.Y.D.R.A., e em uma delas recuperaram o poderoso cetro, que Loki usou no filme anterior, uma fonte inesgotável de energia e de controle psíquico.
O acréscimo dessa peça, juntamente com as mentes de Tony e Bruce resultam no nascimento de Ultron, uma segunda IA, com a função de auxiliar Jarvis na segurança mundial, além de impedir novas incursões alienígenas. No entanto Ultron decide que, para cumprir sua missão, precisa extinguir os Vingadores e, posteriormente, a humanidade. O androide foi muito bem interpretado por James Spader, nos mostrando um Ultron totalmente psicopata, demonstrando sérios complexos paternos, um indivíduo que pode ameaçar, ironizar, desafiar, seduzir e te matar, a qualquer instante de forma pura, fria e lógica enquanto faz uma piada.
Em relação as cenas de ação posso afirmar, sem sombra de duvida, que continuam sendo realizadas com o mesmo cuidado, que vimos no melhor filme da Marvel realizado (pelo menos aos meus olhos) nos últimos anos, Capitão América II: O Soldado Infernal. Aliás, falando no Capitão ele está muito mais bem resolvido nas cenas de ação, fazendo inúmeras acrobacias, chegando até a cair de pau com o próprio Ultron.
Além de várias excelentes cenas de ataques coordenados entre ele e o Thor, que trouxeram a minha memória ótimas tardes lendo Capitão América, Grandes Heróis Marvel e Heróis da TV onde viajava nas páginas de George Pérez (isso antes de me tornar um DCnauta) e mais recentemente na HQ Os Supremos de Bryan Hitch.
Com sequências que começam grandes e vão ficando cada vez maiores e maiores, temos nosso momento de respiros justamente em uma cena clássica de ação, onde vemos um o Capitão, a Wanda e o Pietro lutando para parar um trem desgovernado, momento heroístico já imortalizado pelo Superman e o Homem-Aranha. Outro momento de Falta ao filme essa qualidade de heroísmo clássico e algumas variações sem tantos excessos, certos momentos que preparem a próxima grande cena, usando melhor heróis e habilidades específicas, algo que o primeiro Vingadores soube fazer melhor. Exemplo disso são as ótimas cenas de ação entre o Thor e o Capitão América.
O respiro, quando acontece, vem em momentos de diálogos intimistas, quando todos os Vingadores estão equilibrados em seus trajes civis, vemos isso na cena da festa na Torre dos Vingadores, onde se discute sobre quem é digno de levantar o Mjolnir. Ao menos nessas cenas de tranquilidade, a aventura aproveita para explorar personagens que não têm seus próprios filmes para serem aprofundados. É o caso do Gavião Arqueiro, que tem participação mais longa, ainda que um tanto deslocada do tema central, e da interessante relação entre a Viúva Negra e Banner/Hulk.
O tom adotado pelo James Spader para o vilão Ultron nos lembra muito o Tony, onde vemos que o androide é um filho bastardo, moldado pelos traços mais sombrios e pelos medos do Homem de Ferro, compartilhando até mesmo o senso de humor ácido, a obsessão por evoluir e a necessidade deste por plateia. Ultron pode não ter o charme do Loki, no entanto consegue trazer uma certa dose de perigo e instabilidade que tivemos no primeiro Vingadores.
Os gêmeos Pietro e Wanda são jovens que sofreram grandes perdas ainda quando crianças, eles buscam descontar sua raiva naqueles que consideram responsáveis pela dor que sentem.
Apesar de Aaron Taylor-Johnson ter alguns bons momentos como Pietro, especialmente na linguagem corporal do veloz personagem, ele empalidece perante o Mercúrio em “X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido”. Elizabeth Olsen domina a tela quando surge em cena, mostrando o ódio, o sofrimento e o eventual arrependimento que sua Wanda carrega.
Em contrapartida ao Ultron, temos o Visão, uma consequência indesejada causada pelo próprio Ultron. Um ser sintozoide que encara a humanidade de um modo mais esperançoso, sendo ironicamente junto com Clint Barton, o personagem com mais alma. O Visão está perfeito, complementando o visual exótico do personagem com um olhar etéreo, ingênuo e maravilhado.
No final das contas Vingadores: Era de Ultron se revelou uma produção mais equilibrada e ambiciosa que seu
predecessor, com um trabalho melhor com a sua maioria dos seus personagens principais
e já prepara o terreno para as próximas produções do UCM.
A direção do Whedon soube conduzir de maneira muito boa a trama entre a ação, o drama e a comédia, sendo que existe momentos em que tudo isso ocorre na mesma cena. Considerando que Whedon já anunciou não que não retornará para Os Vingadores: Guerra Infinita – Part. I, que será lançado em maio de 2018 e Os Vingadores: Guerra Infinita – Part. II, lançado em maio de 2019, esse é um “good -bye” digno.
Nota: 9,5.
Trailer:
Mais vamos por partes, para os olhos de fãs e não fãs de HQs, tivemos inúmeras saídas diretamente das HQs dos Vingadores, incluindo aí a união de raios do Thor, Homem de Ferro e Visão sobre o Ultron (que me lembrou Caça-Fantasmas), mais estou me adiantando.
Começamos com um mundo onde, oficialmente, a S.H.I.E.L.D. caiu, deixando o mundo desprotegido. Com isso a equipe conhecida como Os Vingadores tornaram-se basicamente a primeira linha de defesa da Terra, isso tudo acaba deixando Tony cada vez mais apreensivo em evitar que ocorra novamente algo como o evento ocorrido em Nova York, e descobrimos que ele não superou totalmente o estresse pós-traumático, como vimos em Homem de Ferro III.
Tony continua obcecado pela ideia de manter o mundo protegido isso faz com que ele se junte ao Dr. Banner, para criar uma legião de robôs, comandados pela inteligência artificial Jarvis, que tem como objetivo primal patrulhar o mundo e torná-lo melhor. Enquanto isso a equipe ataca bases da H.Y.D.R.A., e em uma delas recuperaram o poderoso cetro, que Loki usou no filme anterior, uma fonte inesgotável de energia e de controle psíquico.
O acréscimo dessa peça, juntamente com as mentes de Tony e Bruce resultam no nascimento de Ultron, uma segunda IA, com a função de auxiliar Jarvis na segurança mundial, além de impedir novas incursões alienígenas. No entanto Ultron decide que, para cumprir sua missão, precisa extinguir os Vingadores e, posteriormente, a humanidade. O androide foi muito bem interpretado por James Spader, nos mostrando um Ultron totalmente psicopata, demonstrando sérios complexos paternos, um indivíduo que pode ameaçar, ironizar, desafiar, seduzir e te matar, a qualquer instante de forma pura, fria e lógica enquanto faz uma piada.
Em relação as cenas de ação posso afirmar, sem sombra de duvida, que continuam sendo realizadas com o mesmo cuidado, que vimos no melhor filme da Marvel realizado (pelo menos aos meus olhos) nos últimos anos, Capitão América II: O Soldado Infernal. Aliás, falando no Capitão ele está muito mais bem resolvido nas cenas de ação, fazendo inúmeras acrobacias, chegando até a cair de pau com o próprio Ultron.
Além de várias excelentes cenas de ataques coordenados entre ele e o Thor, que trouxeram a minha memória ótimas tardes lendo Capitão América, Grandes Heróis Marvel e Heróis da TV onde viajava nas páginas de George Pérez (isso antes de me tornar um DCnauta) e mais recentemente na HQ Os Supremos de Bryan Hitch.
Com sequências que começam grandes e vão ficando cada vez maiores e maiores, temos nosso momento de respiros justamente em uma cena clássica de ação, onde vemos um o Capitão, a Wanda e o Pietro lutando para parar um trem desgovernado, momento heroístico já imortalizado pelo Superman e o Homem-Aranha. Outro momento de Falta ao filme essa qualidade de heroísmo clássico e algumas variações sem tantos excessos, certos momentos que preparem a próxima grande cena, usando melhor heróis e habilidades específicas, algo que o primeiro Vingadores soube fazer melhor. Exemplo disso são as ótimas cenas de ação entre o Thor e o Capitão América.
O respiro, quando acontece, vem em momentos de diálogos intimistas, quando todos os Vingadores estão equilibrados em seus trajes civis, vemos isso na cena da festa na Torre dos Vingadores, onde se discute sobre quem é digno de levantar o Mjolnir. Ao menos nessas cenas de tranquilidade, a aventura aproveita para explorar personagens que não têm seus próprios filmes para serem aprofundados. É o caso do Gavião Arqueiro, que tem participação mais longa, ainda que um tanto deslocada do tema central, e da interessante relação entre a Viúva Negra e Banner/Hulk.
O tom adotado pelo James Spader para o vilão Ultron nos lembra muito o Tony, onde vemos que o androide é um filho bastardo, moldado pelos traços mais sombrios e pelos medos do Homem de Ferro, compartilhando até mesmo o senso de humor ácido, a obsessão por evoluir e a necessidade deste por plateia. Ultron pode não ter o charme do Loki, no entanto consegue trazer uma certa dose de perigo e instabilidade que tivemos no primeiro Vingadores.
Os gêmeos Pietro e Wanda são jovens que sofreram grandes perdas ainda quando crianças, eles buscam descontar sua raiva naqueles que consideram responsáveis pela dor que sentem.
Apesar de Aaron Taylor-Johnson ter alguns bons momentos como Pietro, especialmente na linguagem corporal do veloz personagem, ele empalidece perante o Mercúrio em “X-Men – Dias de Um Futuro Esquecido”. Elizabeth Olsen domina a tela quando surge em cena, mostrando o ódio, o sofrimento e o eventual arrependimento que sua Wanda carrega.
Em contrapartida ao Ultron, temos o Visão, uma consequência indesejada causada pelo próprio Ultron. Um ser sintozoide que encara a humanidade de um modo mais esperançoso, sendo ironicamente junto com Clint Barton, o personagem com mais alma. O Visão está perfeito, complementando o visual exótico do personagem com um olhar etéreo, ingênuo e maravilhado.
O dom de Wanda, que infelizmente não
é chamada em nenhum momento de Feiticeira Escarlate, de fazer com que
as pessoas passem por seus piores pesadelos e medos, foi bem usada por
Whedon como uma ferramenta dramática importante. Como Vingadores não é o primeiro trabalho dos atores Taylor-Johnson e Olsen, temos uma química ótima entre eles.
A batalha final deu umas fortes alfinetada em produções, mais
especificamente o The Man of Steel da Warner Bros., que se preocupam
mais com o embate contra seus inimigos, do que em salvar os inocentes em
meio ao combate.
Quando a trilha sonora, que no primeiro filme foi composta pelo Alan Silvetri, desta vez contou com a dupla de compositores Danny Elfman e Brian Tyle, quem tiver boa audição para musicas e for fã dos filmes da Marvel Studios, poderá notar que eles incorporaram alguns temas dos filmes-solo dos heróis, em uma mistura
eficiente e grandiosa.
A direção do Whedon soube conduzir de maneira muito boa a trama entre a ação, o drama e a comédia, sendo que existe momentos em que tudo isso ocorre na mesma cena. Considerando que Whedon já anunciou não que não retornará para Os Vingadores: Guerra Infinita – Part. I, que será lançado em maio de 2018 e Os Vingadores: Guerra Infinita – Part. II, lançado em maio de 2019, esse é um “good -bye” digno.
Nota: 9,5.
Trailer:
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