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sábado, 9 de março de 2019

REVIEW DE CAPTAIN MARVEL (COM SPOILERS).

Por J. B. 

A poucos dias assisti o filme "Captain Marvel", penúltimo filme da Fase III do Universo Cinematográfico da Marvel e diferente de vários reviews, vídeos e comentários que eu vi, que claramente detestaram o longa, posso afirmar que a primeira aventura solo de uma heroína na franquia é boa e agradável. 

No longa somos apresentados a personagem Vers, vivida pela Brie Larson, que pertence ao grupo de elite Kree conhecido como Starforce, recebendo uma missão da Inteligência Suprema, que comanda todo o império Kree. A Vers tem relances de memórias, de um passado que não poderia pertencer a ela.

Mesmo com dificuldades relacionadas à sua memória e sua vida antes de treinamentos e lutas. Os limites que seus superiores impõem à sua personalidade e poderes são a base de todo o questionamento que começa a transparecer na protagonista, especialmente quando ela, acidentalmente acaba caindo na Terra após uma missão de resgate em uma base Skrull dar errado.

Ao chegar na Terra, Vers começa a procurar pela Dra. Wendy Lawson (Annette Bening), a cientista do Projeto PEGASUS, que teria desenvolvido um Motor de Dobra, que permitiria a viagem interestelar na velocidade da luz, essa tecnologia estaria atraindo a atenção do aliens transmorfos Skrull. Nesse meio tempo ela conhece o agente da SHIELD Nicholas J. Fury (Samuel L. Jackson), que após ver os poderes da Vers e um Skrull morto resolve ajudá-la a encontrar a cientista.

Durante a investigação sobre a cientista, Vers começa a descobrir coisas do seu passado, como por exemplo, que ela é terráquea, e não Kree. E é aqui que a trama começa a fugir do cânone das HQs e a me surpreender, como por exemplo mudar o gênero de um dos principais personagens das HQs. 

A cientista Dra. Wendy Lawson é na verdade a Kree Mar-Vell, que durante um voou teste com um jato com Motor de Dobra é atingido por uma estranha nave, dentro do jato estavam a Mar-Vell e uma jovem piloto chamada Carol Danvers, a verdadeira identidade da Vers. Perto de morrer Mar-Vell pede para a Danvers destruir o Motor, em decorrência da energia liberada da explosão transmuta o DNA da Carol, fazendo com que ela desenvolva superpoderes.

Algum tempo depois Carol descobre que seu comandante no Starforce, o Kree Yon-Rogg (Jude Law), foi o responsável pela queda do jato e consequentemente a morte de Mar-Vell. E nesse ponto temos outra reviravolta, desta vez mais gritante, nas HQs sabemos que a raça Skrull é naturalmente beligerante e maligna, enquanto os Krees possuem uma pitada de decência. 

Starforce.
Já aqui a coisa é diferente. Pra começar a Mar-Vell estava desenvolvendo esse Motor de Dobra para salvar o que restava dos Skrull da caçada assassina dos Krees, começamos a notar isso quando o comandante Skrull, conhecido como Talos (Ben Mendelsohn) entra em contato com a Carol e conta toda a verdade. 

Yon-Rogg.
Algum tempo depois Carol, Nick Fury e a amiga dela, Maria Rambeau (Lashana Lynch) viajam para a órbita da Terra, para a nave de Mar-Vell, e adivinhem, temos mais uma surpresa, Mar-Vell utilizou a energia do Tesseract como forma de combustível para o Motor. Para quem não lembra, o Tesseract era o Cubo Cósmico, que apareceu no longa Captain America: The First Avengers (2011), a energia do Cubo foi o que concedeu os grandes poderes para a Carol. 

Na nave, Carol descobre que Mar-Vell estava reunindo Skrulls refugiados e que iria levá-los para um planeta longe do império Kree, entre esses refugiados se encontra a esposa e a filha, do Comodamente Talos.

Nesse momento todos são cercados pelo Yon-Rogg, liderando uma unidade de ataque Kree e os membros do Starforce, Carol é obrigada a confrontar a Inteligência Suprema Kree, durante a discussão entre elas, Carol libera a totalidade dos seus poderes, enfrentando todos os Krees enquanto Fury e a Maria levam os refugiados Skrulls para a nave e fogem para a Terra. 

É nesse ponto que descobrimos a verdade sobre o gatinho, ou melhor, do Flerken Goose, um ser alienígena em forma de um gato terrestre, mas com a capacidade de soltar vários tentáculos da boca e que acaba engolindo o Tesseract, além de vários Krees. 

Nesse ponto Yon-Rogg convoca os Acusadores Krees, liderados pelo Ronar (Lee Pace), para destruir a Terra, como fizeram em inúmeros planetas.

Talos.
Esse é o ponto onde eu soube que o Thanos não terá a menor chance de vencer a Carol, sozinha ela destrói todos os mísseis, lançados pelos Acusadores, além de todos os caças de combate, fazendo com que Ronar dê ordem para a armada recuar. 

Depois de derrotar e mandar o Yon-Rogg de volta para o planeta Hala, Carol entrega ao Fury o pager que ele usa no final de Avengers: Infinity War (2018), com o aviso de que ele só deveria acioná-lo em caso de extrema necessidade. 

O filme termina com a nave de Mar-Vell, com os refugiados Skrulls, e tendo a Carol como proteção, disparando pelo espaço em busca de um planeta que possa conter vida.

Uma coisa que não entendi, depois de ver Captain Marvel, foi o hater que fizeram com a atuação da Brie, dizendo que ela não tem expressões, cara o exército Kree, e principalmente o Starforce, são formados por soldados condicionados a não demonstrar emoções.

É só ver como a Carol começa a mudar quando está na companhia do Fury e da Maria, demonstrando emoções e sorrisos, só sendo uns fanboys imbecis, que querem acabar com o filme só pelo fato de ser protagonizado por uma mulher, que não veem e não aceitam isso.

O motivo de eu não ter dado uma nota máxima foi a explicação de como o Fury perde seu olho esquerdo, em Captain America: The Winter Soldier (2014) ele conta para o Steve que na última vez em que confiou em alguém, acabou perdendo um olho. 

Eu sempre pensei que isso teria ocorrido em alguma missão em um outro país, onde um dos membros do grupo teria traído e cegado o Fury, mas não foi isso, na realidade ele perde o olho de um jeito ridículo, sofrendo um arranhão do "gatinho" Goose. Pra mim foi uma solução de roteiro fraca. 

Carol Danvers.
Já em contra-partida gostei da maneira como ele começa a preparação para o que viria a ser a preparação dos Vingadores. Em uma cena, vemos o Fury escrevendo os parâmetros da Iniciativa e lá está escrito: 

"The Protector Initiative", que traduzido fica "A Iniciativa Protetor", mas ao olhar para uma foto antiga da Carol entrando em um jato, ele vê a inscrição na lateral do cockpit: 

"Capt Carol 'Avenger' Danvers", ou seja "Capitã Carol 'Vingadora' Danvers, fazendo com que a Carol tenha sido, indiretamente, quem deu o pontapé inicial para a "Iniciativa Vingadores". 

O longa tem, como quase sempre, duas cenas pós-créditos, a primeira importantíssima para Avengers: Endgame, e a segunda um pouco mais cômica.

Nota: 9,0.

Trailer legendado:

 
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