Alguns dias atrás consegui assistir o novo filme da franquia da tribulação da U.S.S. Enterprise, o longa Star Trek: Beyond, que deve sua direção mudada de J.J. Abrams, que foi comandar o renascimento de Star Wars, para Justin Li, responsável pelos longas The Fast and the Furious, do III até o VI.
Abrams deu uma grande sorte de fazer duas excelentes escolhas o longa, em primeiro lugar chamou o ator e trekker nerd enciclopédico, Simon Pegg, o interprete do engenheiro Montgomery Scott, enquanto que a direção foi entregue a um outro fã da saga de Kirk e Cia., cujo envolvimento com a história é totalmente emocional, já que Justin cresceu vendo a série de TV ao lado de seu pai.
Abrams deu uma grande sorte de fazer duas excelentes escolhas o longa, em primeiro lugar chamou o ator e trekker nerd enciclopédico, Simon Pegg, o interprete do engenheiro Montgomery Scott, enquanto que a direção foi entregue a um outro fã da saga de Kirk e Cia., cujo envolvimento com a história é totalmente emocional, já que Justin cresceu vendo a série de TV ao lado de seu pai.
Justin recebeu a incumbência de continuar a missão de renovação da amada franquia de ficção científica, o terceiro filme da nova saga acerta em todos os pontos e faz as pazes até mesmo com fãs antigos da série nascida nos anos 1960, que podem ter se decepcionado com o 2ª filme da nova franquia não entregou.
J.J. Abrams & Justin Li. |
Um dos pontos que marcaram essa produção foram os falecimentos dos atores Anton Yelchin, que interpretou o Pavel Chekov, morto em decorrência de um acidente automobilístico na época da pós-produção, é muito triste ver todas as cenas de Anton que, embora não possua nenhuma despedida, acaba sedimentando o personagem e deixa a todos com o coração pesado pela falta de uma conclusão ao papel do animado Chekov. Ainda assim, é quase seguro dizer que Yelchin adoraria ver a forma como seu personagem foi construído no filme.
Outra homenagem pura e belíssima, foi a prestada ao saudoso Leonard Nimoy, o Spock original, cujo falecimento acaba sendo usado pelos roteiristas Doug Jung,que inclusive faz uma pequena participação como o companheiro do piloto Hikaru Sulu, vivido por John Cho, e Simon Pegg como motivação para o novo Spock, interpretado por Zachary Quinto, em uma cena que relembra de forma honrada, um passado bem mais anterior que 2009.
Depois dos longas Star Trek de 2009 e
Star Trek: Into Darkness de 2013, a dinâmica dos atores e da equipe como
um todo sofreu uma mudança extremamente positiva, por mais que alguns
dilemas soem repetitivos, como no caso da trama passada pelo Capitão
Kirk e os conflitos vividos pelo Spock juntamente com a Uhura, a
consistência do grupo é tão forte que qualquer redundância com os filmes
anteriores também acaba recebendo mais sustentação.
A tripulação da U.S.S. Enterprise |
Chris Pine, Zachary
Quinto e Karl Urban estão visivelmente mais confortáveis nos seus
papeis, já os outros membros da tripulação, embora tenha funções mais
tangentes, também já domina com maestria suas funções, a belíssima Zoe
Saldana já incorporou toda a potência de Nyota Uhura, ao mesmo tempo em
que o engenheiro Scotty agora tem mais tempo de tela e mais funções,
assim como Chekov e Sulu. Isso é um aspecto bem positivo do filme, já
que durante o segundo ato do filme, toda a equipe está desfalcada em
núcleos divergentes, que conseguem manter o espectador igualmente preso
na história.
Chekov & Spock. |
Este novo capítulo da franquia começa com uma rápida sequência, que nos remete aos episódios originais da série de TV, onde vemos o Capitão Kirk negociando um acordo entre duas espécies que não pertenciam A fora da federação dos Planetas Unidos, como parte de sua missão de cinco anos iniciada ao final de
Star Trek: Into Darkness. Voltamos ao universo criado por Gene Roddenberry, onde somos reapresentados à nave estelar Enterprise e a sua tripulação, enquanto Kirk fala sobre como, após três anos de missão, a vida de capitão está se tornando, nas próprias palavras do Capitão, monótona. Vemos a Enterprise como uma comunidade e os membros principais da tripulação mais humanizados, esse é o maior trunfo de Beyond.
Anton Yelchin que viveu o Pavel Chekov. |
Star Trek: Beyond traz um profundo amadurecimento da franquia, desde o reboot, incluindo a postura de cada um dos personagens, o capitão Kirk é visualmente o líder que conhecemos, firme, corajoso e com um profundo amor por sua tripulação e por sua nave. Desta vez não vemos aquelas brincadeiras meio inconsequentes vistas nos filmes anteriores, apesar dele estar presente em diversas situações de humor.
Com uma tripulação aparentemente exausta, James T. Kirk e os demais chegam a Estação Espacial da Federação batizada de Yorktown, onde podem recuperar um pouco de suas energias. Porém, um chamado de socorro vindo de uma região ainda não explorada da galáxia, faz com que a U.S.S. Enterprise seja a melhor opção para um plano de resgate. Chegando ao local indicado, a nave sofre um ataque, comandado pelo misterioso Krall, interpretado pelo ator Idris Elba, que possui um grande ódio pela Federação, e que conseguiu cumprir bem o papel, demonstrando a capacidade de Elba como ator, a única falha em seu personagem, onde suas motivações são entregues em uma hora pouco propicia, se de ao roteiro e não a falta de sua capacidade de atuar.
O antagonista Krall. |
Presos num planeta alienígena e isolados da Federação, a tripulação deve provar que são os melhores da frota. Nesse sentido, mais um ponto para a produção, que separa os tripulantes principais em duplas, de modo a criar situações tensas ou divertidas no roteiro – e deixando todos com quase o mesmo tempo de tela e peso na trama.
Jaylah |
Além de guerreira implacável, a improvável heroína traz um tom leve ao filme, por seu comportamento errático e cético em relação ao que é normal para a Frota, ela traz as melhores cenas de humor e ação, inclusive, que é um dos pontos altos do filme.
Porém, longe das investidas de Hollywood, o núcleo da ação se torna tenso e potente por conta de quem a pratica. Cada pancada é sentida pelo próprio público, não apenas porque atinge um herói, mas porque atinge alguém com o qual temos empatia.
Spock, Jaylah & o Doutor McCoy. |
Depois dos dois filmes anteriores, Star Trek: Beyond vem para consolidar de forma brilhante essa nova franquia no antro cinematográfico. Este terceiro filme consegui balancear de forma consciente a mitologia desse universo, ao mesmo tempo que conseguem nos entrega uma trama excelente de ação e que é movido, principalmente, pela emoção de seus personagens e a construção de uma boa tensão sem escapadas fáceis. Star Trek: Beyond trouxe um respiro necessário para a franquia, onde podemos destacar sua completa sinceridade e simplicidade.
Nota: 09,5
Trailer I:
Trailer II:
Trailer III:
Trailer II:
Trailer III:
Nenhum comentário:
Postar um comentário