Por J. B.
Ontem tive a oportunidade de assistir ao longa Solo: A Star Wars Story, filme que mostra o passado de um dos mais querido e icônico personagem de todo o universo de Star Wars, o contrabandista Han Solo. Imortalizado, desde 1977, até 2015, pelo ator Harrison Ford, desta vez o corelliano foi interpretado pelo jovem Aiden Ehrenreich, cuja interpretação, nesse prelúdio, busca traçar a personalidade do anti-herói em suas primeiras aventuras.
Podemos ver que o roteirista Lawrence Kasdan tentou nos trazer um "Western Espacial", com o assaltante ao trem, perseguições entre cânions, duelos no deserto e foras da lei, tivemos, também, pequenas pitadas de filme ambientado na Primeira Grande Guerra, com tiros, explosões e trincheiras. Porém a dupla de diretores que haviam assumido o filme antes, o Phil Lord e o Chris Miller não souberam dar o cuidado necessário que esse roteiro precisava.
Isso acaba levando a produtora Kathleen Kennedy a demiti-los, quando cerca de 70% do filme já estava filmado, para tentar salvar a produção foi chamado o veterano Ron Howard, o que resultou em um filme um pouco aquém do esperado, no entanto, mesmo sem o brilho que vimos em Rogue Onde: A Star Wars Story, Solo é uma ótima aventura, principalmente se você for sem muitas expectativas.
Voltando a trama... O filme começa no planeta Corellia, onde somos apresentados ao Han (ainda sem o seu sobrenome) tentando fugir, juntamente com a Qi'ra, interpretada pela Emilia Clarke, do planeta, depois de uma perseguição Han e Qi'ra chegam em um espaçoporto, onde apenas o Han consegue escapar, criando-se assim o primeiro objetivo do protagonista... Salvar sua amada.
Logo depois, para conseguir sair do planeta, Han se alista a infantaria do Império, e é nesse momento que ele ganha seu sobrenome, Solo.
Han & Chewie. |
Como membro da infantaria imperial, Han é mandado para um planeta, não denominado, onde durante as lutas ele conhece o restante de sua futura quadrilha, o Tobias Beckett (Woody Harrelson), sua esposa Val (Thandie Newton) e o carismático alien de 04 braços chamado Rio (Jon Favreau), durante uma encirrada batalha, e a melhor coisa a ser dita desse segmento, uma passagem muito repentina, é o ótimo estabelecimento, porém curto, da guerra, no qual Howard, coloca a câmera no meio do combate, que planejam roubar uma nave do império para, com ela, assaltarem um transporte 20-T Railcrawler Conveyex em Vandor-1, carregado de Coaxium refinado, uma forma rara de hipermatéria usado como combustível estelar. Esta tentativa foi frustrada, pela Enfys Nest, líder dos Cloud-Riders.
Nessa mesma sequência Han encontra aquele que será seu amigo até sua morte, o wookie Chewbacca (Joonas Suotamo), um encontro que não acontece como a maioria dos fãs de Star Wars esperaria, Han é preso como desertor é dado de ALIMENTO ao wookie, apenas com a promessa de saírem daquela situação é que o Han não virá almoço da fera.
Lando Calrissian. |
Tendo um resultado desastroso, onde durante o assalto o grupo perde dois de seus membros, além da carga (algo que se repetiria no vida do Han anos depois) Solo e Beckett vão se encontrar com seu contratante, o gangster Dryden Vos (Paul Bettany), lider do Crimson Dawn, que por não ter muito tempo em tela não consegue se mostrar um senhor do crime que inspiraria terror, como acontece com o famigerado Jabba the Hutt, o vilão em certos momentos aparenta mais ser um Sith do que um gangster.
Lá o Han acaba encontrando seu amor de juventude, a Qi'ra, e juntamente com ela e com o Beckett conversem o Dryden Vos de que podem conseguir uma nova carga de combustível (que era o produto do roubo mal-sucedido), para isso eles precisarão de uma nave rápida e um piloto competente, já que o único lugar onde podem pegar esse combustível é no planeta Kessel.
Para poderem completar a missão, a intrépida turma encontra com um dos personagens-chave da franquia, o qual devo confessar que esperei rever na sequência do Cassino no longa Star Wars: Episode VII - The Last Jedi (2017), o galanteador Lando Calrissian (Donald Glover) que mediante uma parcela nos lucros coloca sua nave, a Millennium Falcon, a serviços do grupo.
É nessa hora que somos apresentados a mais um personagem, a droid e co-piloto do Lando, a L3-37 que a meu ver é um dos piores droids da franquia, por causa do seu temperamento, e por ser muito chata, mais que, ao ter seu sistema de navegação carregado no computador da Falcon nos mostra a realização da célebre frase:
"Olha a língua garoto, essa é a nave que completou o percurso de Kessel em menos de 12 Parsecs."
Millennium Falcon do Lando x Millennium Falcon do Han. |
Uma coisa que me deixou um pouco triste e até certo ponto com raiva, foi o visual apresentado nesse filme para a Millennium Falcon, principalmente na sua parte dianteira, que chegou a receber o apelido de "Bico de Pato", mas qual foi a minha surpresa ao descobrir que aquilo nada mais era do que um Pod de Fuga, instalado por Lando, o que nos mostra o quanto o jogador inveterado de Sabac é "Corajoso". Imaginem, então, minha satisfação quando o Han injeta aquela monstruosidade durante o percurso de Kessel.
Enfys Nest. |
Depois de escapar de Kessel a turma chega no desértico planeta Savareen, onde o Coaxium bruto precisa ser refinado, onde eles são emboscados pela Enfys Nest, depois de um quase confronto Nest revelou que os Cloud-Riders não eram "saqueadores" como Beckett havia dito, mas os combatentes da liberdade tentando impedir que os Sindicatos do Crime e o Império ganhassem mais poder. Se sentindo sensibilizado pela causa Han traça um plano para enganar o Crimson Dawn.
Porém o plano do Han só dá certo pela metade, enquanto que na vila os Cloud-Riders se escondem enquanto os aldeões fingem ser eles, para atrair os capangas da Crimson Dawn, fazendo com que o Dryden Vos ficasse sozinho com a Qi'ra e o Han.
Eventualmente com os 'Cloud-Riders' praticamente cercados e o Coaxium seguro, os guardas decidiram abrir o cofre e levar seus ganhos de volta para Dryden, no entanto, naquele momento, Nest e os verdadeiros Cloud-Riders aparecem no acampamento, emboscando e encaminhando rapidamente todos os guardas.
O que os dois não esperavam era a traição do Beckett, que foge levando o Coaxium e o Chewie, nesse momento começa uma luta entre Dryden e o outros dois, resultando na morte do gangster pelas mãos de Qi'ra. Logo depois o Han sai para deter o Beckett, e temos mais um fan-service, confrontando seu ex-companheiro de quadrilha, em um típico duelo de e, Han atira antes do Beckett parar de falar, o que nos leva imediatamente para a Cantina de Mos Eisley, cerca de 10 anos depois, onde o Han faz a mesma coisa com o caçador rodiano Greedo.
Enquanto isso ocorria, no iate espacial do Dryden, a Qi'ra entra em contato com o verdadeiro líder da Crimson Dawn, um personagem dado como morto, pelo menos para quem acompanha apenas os filmes, desde de Star Wars: Episode I - The Phantom Menace (1999), o Sith Darth Maul, novamente interpretado pelo Ray Park, que ordena que a Qi'ra retorne para o planeta Dathomir.
Para quem não acompanha os livros, HQs e séries animadas de Star Wars, vou postar um vídeo muito bem produzido, do canal Caique Iz, onde toda a história de como o Maul sobreviveu é mostrado.
No fim Solo entrega o carregamento de Coaxium para a Nest, que o convida a ingressar em um movimento que está começando a se espalhar pela galáxia, a Rebelião. Logo depois vemos o Han e o Chewie encontrando o Lando em um planeta não revelado, onde se realiza uma partida de Sabac e onde o Han toma posse da Millennium Falcon de vez.
Para terminar, vemos os dois indo para um distante planeta, chamado Tatooine, onde um senhor do crime está juntando uma equipe para um grande roubo, e nós sabemos exatamente de quem ele está falando.
Han & Chewie pilotando a Millennium Falcon. |
Em resumo Han Solo: uma história Star Wars é um filme bom. Não é extraordinário, nem é uma adição significativa à saga, mas não deixa de ser um filme divertido e tem momentos empolgantes. Essa é uma história de Star Wars que não é das mais importantes e honestamente nem deveria ter sido contada.
Nota: 08,5.
Trailer Legendado:
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