Já vi o Batman v Superman: Dawn of Justice duas vezes e posso dizer, com toda certeza, que gostei. Fui um dos muitos fãs que, desde o anúncio do início da produção do longa realizado durante a San Diego Comic-Con em 2013, ficou com uma certa preocupação em relação a como essa história seria levada e, principalmente, como seria a atuação de Ben Affleck como Bruce Wayne/Batman.
Bom, vamos começar...
Essa
produção já vem com um peso grande sobre ela, já que é com ela que todo
um universo, que teve sua pequena semente plantada em forma de
easter-eggs em Man of Steel (2013), irá nascer.
O
longa começa com a clássica cena do assassinato da família Wayne, além
de vermos o momento onde o jovem Bruce Wayne descobre a futura
Batcaverna. Imediatamente somos transportados para a chegada do
empresário Bruce Wayne a cidade de Metrópolis, exatamente no momento em
que o Superman trava sua batalha contra o General Zod. Essa sequência
nos remete, quase que imediatamente, para o fatídico dia 11 de setembro
de 2001 durante os atentados terroristas em Nova York.
Mediante
a quantidade trágica de mortes ocorrida durante a invasão kryptoniana,
Batman começa uma investigação que o leva diretamente ao jovem
bilionário Lex Luthor Jr., em uma conspiração que o coloca em rota de
colisão com o Último Filho de Krypton. Com isso eles começam, separadamente, uma caçada por artefatos de Krypton que possam ser usados como arma contra o Homem de Aço.
A
partir daí, outros personagens são introduzidos, dentre eles Alfred
Pennyworth o mordomo da família Wayne, a misteriosa Diana Prince e o
monstruoso Apocalypse.
Enquanto
os vários trailers e spots de TV nos mostrava que teríamos uma simples
luta entre o Último Filho de Krypton e o Morcego de Gotham, vemos na
totalidade do filme que não era bem isso.
Henry Cavill como Clark Kent/Superman, Ben Affleck como Bruce Wayne/Batman, Amy Adams como Lois Lane, Gal Gadot como Mulher-Maravilha & Jesse Eisenberg como Lex Luthor. |
Temos
uma trama cuja abordagem, diferente da Marvel, é mais adulta, onde
vemos que uma grande parte do tempo da história é usada para analisar e
nos mostrar mais das identidades civis dos dois protagonistas, além de
nos dar uma ideia de como o mundo reagiria a seres quase "divinos" caminhando entre nós.
Salvando vidas/Sendo adorado |
Essa ideia é mostrada em alguns relances de programas de TV, claramente retirado da
aclamada série Batman: O Cavaleiro das Trevas, escrita e desenhada por
Frank Miller e publicada em 1986, onde algumas pessoas debatem o impacto
que o surgimento do Superman causou na humanidade nos âmbitos da
política, religião, etc. A produção chegou a convidar o astrofísico Neil deGrasse Tyson para participar de um debate fictício sobre a presença do Superman na Terra.
Como era de se esperar os poderes constitucionais dos Estados Unidos estão preocupados com uma presença tão poderosa e que não pode ser controlado, principalmente depois que um resgate seguido de mortes no Oriente Médio faz com que o congresso intima o Superman para depor em uma sessão especial no Capitólio, onde ele é mais uma vez responsabilizado, tanto por ter agido quanto por ter se omitido. Durante essa sessão ocorre um desfecho que causou surpresa em todos que assistiram. Em recorrência a todos esses fatos o Batman decidir que tem de detê-lo, seja da forma que for.
Ao mesmo tempo, Lex Luthor segue adiante com seu plano, que envolve a tecnologia da nave kryptoniana que trouxe Zod à Terra, e adquire contornos grandiosos e mostra toda a sua megalomania. Movidos como peões por um inimigo que desconhecem, o Cavaleiro das Trevas e o Homem de Aço partem para um embate mortal, onde apenas um poderá sair vencedor.
Ao mesmo tempo, Lex Luthor segue adiante com seu plano, que envolve a tecnologia da nave kryptoniana que trouxe Zod à Terra, e adquire contornos grandiosos e mostra toda a sua megalomania. Movidos como peões por um inimigo que desconhecem, o Cavaleiro das Trevas e o Homem de Aço partem para um embate mortal, onde apenas um poderá sair vencedor.
Falando agora um pouco dos personagens...
Na trama o Superman assume de forma completa uma aura de pureza, nos mostrado um ser cuja extraordinária bondade nos remete a um deus vivendo entre nós, sendo o coração da história. Diferente do que foi dito em grandes sites sobre a maneira como o Superman atuou no Man of Steel, nesta o herói realmente ajuda inúmeras pessoas ao redor do mundo, e que não concorda tanto com a adoração e o ódio que as pessoas lhe impõem. Essa polarização da qual o personagem é vítima apenas o afastam do povo que deseja proteger e fazer parte. Não é a toa que Lois Lane e Martha Kent funcionam como uma ancora com a humanidade, especialmente porque elas são basicamente suas únicas interlocutoras, com exceção de uma cena um tanto mais surreal onde o herói recebe conselhos de uma figura do seu passado.
Temos um Batman que resolveu tratar com tolerância zero a criminalidade de Gotham City, Bruce chega a ter uma conversa com o Alfred, o único outro personagem ligado ao Cavaleiro das Trevas a aparecer, numa
versão um pouco diferente das anteriores, onde ele afirma que sempre foi um criminoso, o que nos leva a seguinte
pergunta, como será mostrada a relação entre o Cavaleiro das Trevas e o Comissário de Polícia James Gordon? Nesta nova versão, Alfred ajuda no desenvolvimento de
equipamentos, além de colaborar, na falta do Robin, com as missões. Como nas HQs nós o vemos
tentar ser a voz da razão, normalmente em tom sarcástico, para a conturbada mente de Bruce,
Amy Adams retorna com uma encantadora Lois Lane, uma personagem mais forte que mostrada no filme anterior, uma Lois que não se importa de encarar o perigo, seja no centro de Metrópolis, ou em um longínquo país da África.
Fui um dos que reagiram negativamente com o anuncio de Gal Gadot como Mulher-Maravilha, incluindo quando houve a divulgação da primeira foto oficial dela como a guerreira amazona. Seguindo a tendência geral comecei a reclamar do porte físico da Gadot, que ela não tinha nada haver com a Diana de Themyscira que eu conhecia. Meu Zeus como estava errado. Hoje, só posso dizer uma coisa... Necessito, com muito mais urgência que um filme novo do Homem Morcego, do filme-solo da Mulher-Maravilha, mesmo sabendo que ele já irá estreia em junho do ano que vem.
A Trindade |
Fui um dos que reagiram negativamente com o anuncio de Gal Gadot como Mulher-Maravilha, incluindo quando houve a divulgação da primeira foto oficial dela como a guerreira amazona. Seguindo a tendência geral comecei a reclamar do porte físico da Gadot, que ela não tinha nada haver com a Diana de Themyscira que eu conhecia. Meu Zeus como estava errado. Hoje, só posso dizer uma coisa... Necessito, com muito mais urgência que um filme novo do Homem Morcego, do filme-solo da Mulher-Maravilha, mesmo sabendo que ele já irá estreia em junho do ano que vem.
Mesmo tendo uma entrada em cena, relativamente pequena, foi uma aparição que desde os primeiros segundos já nos causou um frisson, nos magnetizou com sua segurança e imponência e elevou o nível do filme exponencialmente, ao ajudar os heróis a enfrentar o monstruoso Apocalipse. Sua presença na trama é orgânica, sem recorrer a paraquedismo. Isso sem falar na sua música-tema, "Is She With You", composta pela dupla Hans Zimmer e Junkie XL, tudo isso nos deixa com aquele gostinho de quero mais.
Sobre o Lex Luthor Jr. Interpretado pelo Jesse Eisenberg o personagem nos entregou um Luthor que ao mesmo tempo que transita na genialidade, fica com um pé e meio em uma loucura megalomania, principalmente quando nos mostra a inaptidão com relações sociais, vide a festa beneficente para a biblioteca de Metrópolis onde ele tenta um discurso. Luthor tem participação decisiva ao manipular os diversos acontecimentos que levarão ao confronto dos dois heróis, além da criação do monstro Apocalypse.
Justice League |
É interessante ver como Lex estava consciente da existência de outros meta-humanos e pesquisava sobre o assunto, um passo à frente de todos os outros, inclusive Batman, cego pela sua obsessão pelo Superman. Jesse Eisenberg constrói uma imagem de menino mimado para seu Luthor, fugindo dos estereótipos de supervilões já consagrados nas diversas mídias.
Não citarei nada da luta final para evitar spoilers para os que ainda não viram. Só digo uma coisa, foi impactante.
Posso disser, sem arrependimento, que a D.C. Comics/Warner Bros. conseguiram criar um caminho para o seu universo diferenciado do universo Marvel, e quem ganha com isto somos nós, pois ganhamos mais um universo novo para desbravar, com os futuros filmes Suicide Squard, Wonder-Woman, as duas partes da Justice League, que tem a missão de juntar todos os heróis e amarrar as enigmáticas pontas soltas de Batman v Superman: Dawn of
Justice, entre outros.
Agora é esperar o Blu/Ray com versão estendida de cerca de três horas, que será lançado no dia 16 de julho.
Nota: 9,0.
Trailer Legendado I:
Trailer Legendado da San Diego Comic-Con:
Trailer Legendado II:
Trailer Legendado III:
Cena Deletada divulgada pela Warner Bros.:
7 comentários:
Ainda não assisti o filme mais tenho certeza que está simplesmente incrível, e lendo seu review tenho mais certeza ainda que é perfeito. Show de bola a riqueza de detalhes que você descreve sobre o filme amei....
Muito bom!
Ótima resenha
Layla, J.N. & Delano, MUITO OBRIGADO.
Eu que agradecemos pelas interessantes publicações. Continue assim. Parabéns
Muito obrigada eu por nos presentear com um review perfeito muito bem detalhado com uma imensa riqueza de detalhes sempre perfeita suas publicações
Adorei sua leitura do filme,foi perfeita.Eu adorei o filme e , tbm estou ansiosa para as produções futuras.
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